(Classe C - W205): Avaliação - C180 Flex 2016 - Revista Auto Esporte®
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(Classe C - W205): Avaliação - C180 Flex 2016 - Revista Auto Esporte®
O Mercedes C180 flex vestiu, enfim, a camisa canarinho. O sedã nacionalizado, que agora bebe também etanol, chegou ao mercado por preços que partem de R$148.900,00 na versão ff. A variante Avantgarde, testada por Autoesporte, custa R$162.900. É o mesmo valor da terceira configuração que completa a gama, Exclusive, que com um estilo mais clássico se diferencia da unidade avaliada em detalhes de acabamento interno e pela presença de um relógio analógico no painel. Apesar de ser um modelo destinado ao mercado brasileiro, foi na Alemanha que seu motor recebeu os ajustes necessários para poder equipar o três volumes.
O rival de BMW 320 Sport (R$163.950) e Audi A4 Attraction (R$159.990) traz como novidade, além do sistema flexível, bombas de combustível com maior vazão e reforço anticorrosão em todo o sistema de alimentação. O Mercedes-Benz C 180 flex é produzido na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo. É de lá que sairá também, no segundo semestre, o SUV GLA nacionalizado. Lançada em 2014, a atual geração do Classe C também é fabricada na Alemanha, África do Sul, EUA e China.
Mas você não vai conseguir distingui-lo do irmão movido somente à gasolina, que irá coexistir com o recém-chegado até o fim dos seus estoques. Isso porque, externamente, os dois são iguais. Não há sequer um daqueles tradicionais emblemas colados na tampa traseira para indicar a novidade. Tal reconhecimento só acontece mesmo quando se abre a tampinha que dá acesso ao bocal do tanque de combustível. Apenas ali há um selo para orientar o frentista do posto.
O rival de BMW 320 Sport (R$163.950) e Audi A4 Attraction (R$159.990) traz como novidade, além do sistema flexível, bombas de combustível com maior vazão e reforço anticorrosão em todo o sistema de alimentação. O Mercedes-Benz C 180 flex é produzido na fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo. É de lá que sairá também, no segundo semestre, o SUV GLA nacionalizado. Lançada em 2014, a atual geração do Classe C também é fabricada na Alemanha, África do Sul, EUA e China.
Mas você não vai conseguir distingui-lo do irmão movido somente à gasolina, que irá coexistir com o recém-chegado até o fim dos seus estoques. Isso porque, externamente, os dois são iguais. Não há sequer um daqueles tradicionais emblemas colados na tampa traseira para indicar a novidade. Tal reconhecimento só acontece mesmo quando se abre a tampinha que dá acesso ao bocal do tanque de combustível. Apenas ali há um selo para orientar o frentista do posto.
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Impressões ao volante:
Eu confesso que as linhas clássicas do sedã nunca me emocionaram muito ou me fizeram torcer o pescoço para ver o carro passar na rua. Não que o três volumes da Mercedes seja um carro feio, longe disso, mas a minha preferência é por modelos que remetam à esportividade.
A bordo, deu para notar a ótima qualidade dos materiais, quase todos com textura e sensíveis ao toque, mesclando couro, cromados e guarnições preto brilhantes. Se por um lado a racionalidade germânica colocou todos os comandos à mão, por outro, é provável que você precise de um tempinho de adaptação para se acostumar com alguns comandos localizados em posições distintas do padrão convencional dos veículos.
É o caso da alavanca para troca de marchas localizada na parte superior direita da coluna de direção. Ela libera espaço no console central para funções do sistema multimídia e de configuração do veículo, mas “empurra” as funções de limpadores de para-brisa para a mesma haste de seta, no lado esquerdo.
Como em outros Mercedes - já era assim na geração anterior do Classe C -, o controle de velocidade de cruzeiro e o limitador de velocidade também são acionados por um comando satélite posicionado na parte inferior esquerda da coluna, logo abaixo da vareta dos limpadores. No começo, tudo parece meio confuso. Mas, com o avançar da quilometragem, o condutor vai se acostumando com o layout dos instrumentos e logo tudo passa a ser feito intuitivamente. Embora eu tenha acionado, por engano, o limpador de para-brisas por duas vezes.
Eu confesso que as linhas clássicas do sedã nunca me emocionaram muito ou me fizeram torcer o pescoço para ver o carro passar na rua. Não que o três volumes da Mercedes seja um carro feio, longe disso, mas a minha preferência é por modelos que remetam à esportividade.
A bordo, deu para notar a ótima qualidade dos materiais, quase todos com textura e sensíveis ao toque, mesclando couro, cromados e guarnições preto brilhantes. Se por um lado a racionalidade germânica colocou todos os comandos à mão, por outro, é provável que você precise de um tempinho de adaptação para se acostumar com alguns comandos localizados em posições distintas do padrão convencional dos veículos.
É o caso da alavanca para troca de marchas localizada na parte superior direita da coluna de direção. Ela libera espaço no console central para funções do sistema multimídia e de configuração do veículo, mas “empurra” as funções de limpadores de para-brisa para a mesma haste de seta, no lado esquerdo.
Como em outros Mercedes - já era assim na geração anterior do Classe C -, o controle de velocidade de cruzeiro e o limitador de velocidade também são acionados por um comando satélite posicionado na parte inferior esquerda da coluna, logo abaixo da vareta dos limpadores. No começo, tudo parece meio confuso. Mas, com o avançar da quilometragem, o condutor vai se acostumando com o layout dos instrumentos e logo tudo passa a ser feito intuitivamente. Embora eu tenha acionado, por engano, o limpador de para-brisas por duas vezes.
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É impossível não notar também a ótima ergonomia que o carro oferece. Os bancos de couro são de alta qualidade e aconchegantes. Os assentos dianteiros têm regulagens elétricas para altura e para o encosto, mas pecam por trazer ajustes manuais para corrê-los nos trilhos. A economia em itens de série para se diferenciar de outras versões se repete do lado de fora, onde não há sensores de estacionamento dianteiro ou traseiro, tampouco chave presencial.
Em contrapartida, um dos destaques na cabine é o volante multifuncional de couro com ótima empunhadura e acabamento texturizado na “pegada”. O fabricante sabe que a sensibilidade vem em primeiro lugar. O espaço atrás é suficiente para acomodar três pessoas, mas apenas duas viajam com conforto devido ao elevado duto central que limita a acomodação dos pés de quem vai no meio. Depois de ter sido conquistado pelo interior do novo C 180, era hora de sentir como o bicombustível se comportava em movimento.
Ainda que estejamos vivendo em um período em que os motores estão diminuindo (dowsizing) para ficarem mais eficientes, é comum ouvir por aí comentários pejorativos sobre a ficha técnica do novo Classe C. Na minha opinião, trata-se de um ponto de vista que chega a beirar a heresia, tamanha a competência desse motor 1.6 turbo de 156 cv a 5.300 rpm e 25,4 kgfm entre 1.200 e 4.000 giros, com injeção direta de combustível e quatro bicos injetores com maior poder de vazão.
Em contrapartida, um dos destaques na cabine é o volante multifuncional de couro com ótima empunhadura e acabamento texturizado na “pegada”. O fabricante sabe que a sensibilidade vem em primeiro lugar. O espaço atrás é suficiente para acomodar três pessoas, mas apenas duas viajam com conforto devido ao elevado duto central que limita a acomodação dos pés de quem vai no meio. Depois de ter sido conquistado pelo interior do novo C 180, era hora de sentir como o bicombustível se comportava em movimento.
Ainda que estejamos vivendo em um período em que os motores estão diminuindo (dowsizing) para ficarem mais eficientes, é comum ouvir por aí comentários pejorativos sobre a ficha técnica do novo Classe C. Na minha opinião, trata-se de um ponto de vista que chega a beirar a heresia, tamanha a competência desse motor 1.6 turbo de 156 cv a 5.300 rpm e 25,4 kgfm entre 1.200 e 4.000 giros, com injeção direta de combustível e quatro bicos injetores com maior poder de vazão.
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O propulsor vai acoplado a um câmbio automático de sete marchas e a tração é traseira. Lembrando que, de acordo com a marca, as mudanças efetuadas para o carro beber etanol não alteraram os sistemas originais do veículo, que continua oferecendo a função start-stop (para ligar e desligar o carro em paradas rápidas de semáforo, por exemplo) e o seletor de modos de condução, que ajustam o veículo desde o modo mais econômico ao mais esportivo, em cinco níveis (Eco, Comfort, Sport Sport+ e Individual).
Além de muito gostoso de dirigir, esse Mercedes anda bem e seu motor enche rápido. A transmissão tem trocas rápidas, suaves e um comportamento que deixa o carro ligeiro no trânsito. Pena que hesite um pouco em determinadas situações, como quando se estabelece a velocidade de cruzeiro em 50 km/h. Nessa situação, a caixa retém o carro em segunda marcha, com o giro alto, e às vezes chega a passar para a terceira.
A direção elétrica progressiva é direta, leve em baixas velocidades e enrijece conforme a velocidade aumenta, sem anestesiar a atuação do condutor. O conforto da viagem é assegurado, em parte, pelas suspensões independentes na dianteira e na traseira. As rodas de liga leve de 17 polegadas são calçadas em pneus 225/50. Pode reunir a família e colocar o carro na estrada sem medo, todos vão chegar bem ao destino, mesmo em trajetos de longas distâncias.
Nos testes, o C180 flex atingiu 100 km/h em 8,8 segundos. Menos do que os 9,4 segundos realizados pela versão a gasolina e mais do que os 6,9 segundos feitos pelo BMW 2.0 320i flex e que os 7,8 segundos cumpridos pelo Audi A4 2.0 a gasolina. Para retomar de 60 a 100 km/h, uma reprise. A prova foi realizada em 4,9 segundos. Menos do que os 5,1 s da variante que veio primeiro e acima dos 4,2 s aferidos com o 320i e os 4,1 s do A4. Já para estancar vindo a uma velocidade de 80 km/h foram necessários 25,5 metros. Distância praticamente igual ao do irmão que lhe deu origem, com 25,8 metros. O Audi A4 para antes, nos 23,9 metros, enquanto o BMW 320i desacelera totalmente aos 27,6 metros. O consumo rodoviário com etanol ficou em 9,8 km/l e o urbano em 7,2 km/l, médias que não empolgam tanto.
Além de muito gostoso de dirigir, esse Mercedes anda bem e seu motor enche rápido. A transmissão tem trocas rápidas, suaves e um comportamento que deixa o carro ligeiro no trânsito. Pena que hesite um pouco em determinadas situações, como quando se estabelece a velocidade de cruzeiro em 50 km/h. Nessa situação, a caixa retém o carro em segunda marcha, com o giro alto, e às vezes chega a passar para a terceira.
A direção elétrica progressiva é direta, leve em baixas velocidades e enrijece conforme a velocidade aumenta, sem anestesiar a atuação do condutor. O conforto da viagem é assegurado, em parte, pelas suspensões independentes na dianteira e na traseira. As rodas de liga leve de 17 polegadas são calçadas em pneus 225/50. Pode reunir a família e colocar o carro na estrada sem medo, todos vão chegar bem ao destino, mesmo em trajetos de longas distâncias.
Nos testes, o C180 flex atingiu 100 km/h em 8,8 segundos. Menos do que os 9,4 segundos realizados pela versão a gasolina e mais do que os 6,9 segundos feitos pelo BMW 2.0 320i flex e que os 7,8 segundos cumpridos pelo Audi A4 2.0 a gasolina. Para retomar de 60 a 100 km/h, uma reprise. A prova foi realizada em 4,9 segundos. Menos do que os 5,1 s da variante que veio primeiro e acima dos 4,2 s aferidos com o 320i e os 4,1 s do A4. Já para estancar vindo a uma velocidade de 80 km/h foram necessários 25,5 metros. Distância praticamente igual ao do irmão que lhe deu origem, com 25,8 metros. O Audi A4 para antes, nos 23,9 metros, enquanto o BMW 320i desacelera totalmente aos 27,6 metros. O consumo rodoviário com etanol ficou em 9,8 km/l e o urbano em 7,2 km/l, médias que não empolgam tanto.
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Itens de série:
A versão Avantgarde vem de fábrica com ar-condicionado bizona automático digital, direção elétrica, trio elétrico com função “um toque” para todos os vidros, sete airbags, freios ABS com EBD, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, freio adaptativo com função hold (que evita que o carro desça logo depois de tirar o pé do pedal do freio), volante multifuncional, faróis de led, controle de velocidade de cruzeiro, limitador de velocidade, isofix, sensor de chuva e soleira das portas com o emblema da marca. A central multimídia conta com uma tela não sensível ao toque de 7 polegadas (a Mercedes explica que não oferece o recurso por questões de segurança), com CD, USB, Bluetooth e GPS, além de oferecer conexão para iPod, iPhone e cartões SD. A maioria dos comandos da central é operado por botões físicos que se encontram painel, enquanto um joystic e um tipo de mouse, localizados no console central, permitem que o motorista maneje os recursos de entretenimento sem desviar o olhar.
Vale a compra?
Sim. O Mercedes-Benz C180 flex é um carro muito bem construído, com ótimo acabamento interno e que acomoda bem quem nele viaja. É dono de ótima dirigibilidade, embora tenha números de desempenho um pouco mais tímidos do que os de alguns rivais. Mas, não deixa a desejar quando o pedal do acelerador é pressionado com mais vigor. Mesmo devendo itens como os indispensáveis sensores de estacionamento, o sedã que representa 43% das vendas da gama (além de ser o modelo mais vendido da Mercedes no Brasil) deve continuar conquistando seu público fiel. Quanto a mim, eu vou continuar gostando mais de carros com linhas esportivas e com grandes motores. Mas eu reconheço que o sedã me encantou. É um carro que está no lugar certo, diferente de modelos nacionais que habitam o segmento premium mais por causa dos altos preços praticados do que por merecimento. O Mercedes-Benz Classe C é um belo carro.
A versão Avantgarde vem de fábrica com ar-condicionado bizona automático digital, direção elétrica, trio elétrico com função “um toque” para todos os vidros, sete airbags, freios ABS com EBD, controle de tração e de estabilidade, assistente de partida em rampa, freio adaptativo com função hold (que evita que o carro desça logo depois de tirar o pé do pedal do freio), volante multifuncional, faróis de led, controle de velocidade de cruzeiro, limitador de velocidade, isofix, sensor de chuva e soleira das portas com o emblema da marca. A central multimídia conta com uma tela não sensível ao toque de 7 polegadas (a Mercedes explica que não oferece o recurso por questões de segurança), com CD, USB, Bluetooth e GPS, além de oferecer conexão para iPod, iPhone e cartões SD. A maioria dos comandos da central é operado por botões físicos que se encontram painel, enquanto um joystic e um tipo de mouse, localizados no console central, permitem que o motorista maneje os recursos de entretenimento sem desviar o olhar.
Vale a compra?
Sim. O Mercedes-Benz C180 flex é um carro muito bem construído, com ótimo acabamento interno e que acomoda bem quem nele viaja. É dono de ótima dirigibilidade, embora tenha números de desempenho um pouco mais tímidos do que os de alguns rivais. Mas, não deixa a desejar quando o pedal do acelerador é pressionado com mais vigor. Mesmo devendo itens como os indispensáveis sensores de estacionamento, o sedã que representa 43% das vendas da gama (além de ser o modelo mais vendido da Mercedes no Brasil) deve continuar conquistando seu público fiel. Quanto a mim, eu vou continuar gostando mais de carros com linhas esportivas e com grandes motores. Mas eu reconheço que o sedã me encantou. É um carro que está no lugar certo, diferente de modelos nacionais que habitam o segmento premium mais por causa dos altos preços praticados do que por merecimento. O Mercedes-Benz Classe C é um belo carro.
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Ficha Técnica:
- Motor: Dianteiro, longitudinal, 4 cilindros em linha, 16V, comando duplo, turbo, flex;
- Cilindrada: 1.595 cm³;
- Potência: 156 cv a 5.300 rpm;
- Torque: 25,5 kgfm entre 1.200 e 4.000 rpm;
- Câmbio: Automático de sete velocidades, tração traseira;
- Direção: Elétrica;
- Suspensão: Independente multibraços na dianteira e multilink na traseira;
- Freios: Discos ventilados na frente e sólidos atrás;
- Rodas: 225/50 R17.
Medidas:
- Comprimento: 4,68 m;
- Largura: 1,81 m;
- Altura: 1,44 m;
- Entreeixos: 2,84 m;
- Tanque: 66 litros;
- Peso: 1.425 kg;
- Porta-malas: 433 litros (aferição AE).
Números de teste:
Aceleração:
- 0-100 km/h: 8,8 segundos;
- 0-400 m: 16,3 segundos;
- 0-1.000 m: 29,5 segundos;
- Velocidade a 1.000 m: 183,4 km/h;
- Velocidade real a 100 km/h: 98.
Retomada:
- 40-80 km/h: 3,9 segundos;
- 60-100 km/h: 4,9 segundos;
- 80-120 km/h: 5,8 segundos.
Frenagem:
- 100 -0 km/h: 41,7 metros;
- 80 -0 km/h: 25,5 metros;
- 60 -0 km/h: 14,1 metros.
Pontos fortes:
O câmbio automático de sete marchas faz trocas quase imperceptíveis, que ficam bem mais espertas no esporte. Um luxo, conforto e esportividade.
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