Correção de falhas típicas nos primeiros câmbios automáticos 722.6 com placa eletrônica NAG 1 (sem tiptronic) - até 1999
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Correção de falhas típicas nos primeiros câmbios automáticos 722.6 com placa eletrônica NAG 1 (sem tiptronic) - até 1999
Os dados informados neste tópico foram compilados de várias fontes técnicas e publicados por mim anteriormente noutros fóruns automotivos da marca.
A transmissão automática de cinco marchas da sexta série 722 foi denominada Mercedes-Benz 5G-TRONIC está instalada nos automóveis de passeio Mercedes-Benz produzidos entre 1996 e 2006, essa transmissão 722.6 fase 1 e 2 equipa alguns modelos das marcas Jaguar, Ssangyong, Jeep, Dodge, Chrysler (300), Maybach (57 e 62) dentre outras montadoras, primeiro câmbio MB chamado "inteligente" e autoadaptativo conforme a tocada.
Por conter ainda componentes analógicos nos veículos produzidos até 1999, objeto desse tópico, uma grande dificuldade encontrada pelos reparadores é encontrar scanner compatível com protocolo OBDII para realizar uma varredura segura para verificação de falhas nos primeiros 722.6 principalmente nas W202 da Classe C e nas W210 Classe E, sendo necessária muitas das vezes contar com a expertise do reparador e conhecimento técnico para corrigir anomalias no funcionamento.
Para entendimento, foram desenvolvidas modificações para cada grupo de motores e de acordo com o torque de cada um deles, desta forma temos a transmissão código W5A330 (torque de entrada de até 330 Nm), a denominada W5A380 (até 380 Nm), W5J400 (até 400 Nm) e a W5A580 (para motores de oito e doze cilindros), na ficha de dados ou Datacard é possível identificar o tipo e modelo de transmissão que veio de fábrica.
Numa visão geral, pode-se dizer que as modificações diferem entre si no número e na espessura dos discos de aço e embreagens (discos de fricção), conjuntos de engrenagens planetárias (três ou quatro satélites) e vários outros pontos do projeto.
O 722.6 é a primeira transmissão automática Mercedes com controle eletrônico e travamento com conversor de torque, foi originalmente desenvolvida como um substituto para a transmissão automática sem controle eletrônico (722,5) e anteriores (722,3 e 722,4) no entanto os primeiros anos de operação da transmissão automática 722.6 revelaram várias falhas de design de componentes que resultaram em quebras. Em particular, nas primeiras versões e até 1999, uma bucha deslizante foi usada na interface dos eixos de entrada e saída ( K1 e K2 ), essa peça era claramente fraca para suportar cargas e foi substituída nos modelos 2000 adiante principalmente da Classe C, pois quebrava de forma precoce e devido à perda de pressão do óleo (ATF) resultava em folga excessiva ambos os eixos danificando o conjunto de engrenagens planetárias.
Em modificações subsequentes, a bucha problemática foi substituída por um rolamento de agulha com anel de Teflon. Isso aconteceu em 1999. Ao mesmo tempo, outra "falha" foi corrigida substituindo a luva deslizante na engrenagem solar por um rolamento (Sun Gear). Também em 1999, outras falhas de projeto iniciais foram corrigidas. Em qualquer caso, a transmissão automática 722.6, produzida desde 1999, não sofre mais de "falhas do projeto" e funciona de forma bastante confiável percorrendo 200 ou 300 mil quilômetros sem nenhuma avaria significativa em geral.
Em 2001, a sexta série dessa transmissão (722,6) voltou a sofrer uma ligeira "melhoria", visando a economia de combustível e para reduzir o tempo de comutação, em algumas modificações da transmissão automática 722.6, as embreagens unilaterais finas (discos de fricção) começaram a ser usadas, as quais, sob cargas aumentadas (como, por exemplo, acelerações bruscas ou escorregões), falham rapidamente.
Em motores a diesel, a válvula no corpo da válvula da transmissão automática também costuma se desgastar, um sintoma de que pode ser o deslizamento ao passar da primeira para a segunda marcha. Na “venerável era” o 722.6 automático tem outro ponto fraco - a placa eletrônica ( Valve Body Conductor Plate ). O quadro elétrico com sensores de velocidade, que na transmissão automática 722.6 está instalado no corpo da válvula (unidade de controle hidráulico da transmissão automática), falha devido ao superaquecimento regular. Além disso, os sensores do eixo de entrada e saída, que são integrados ao quadro elétrico do 722.6, frequentemente falham. Esses defeitos, no entanto, são facilmente detectados durante o diagnóstico da transmissão automática e são eliminados sem remover (desmontar) a transmissão automática do carro. Em geral, a transmissão automática 722.6 em modificações após 2001 se estabeleceu como uma solução totalmente confiável. Um conjunto típico de consumíveis de revisão da transmissão automática 722.6 inclui: kit overall (Kit de revisão, ou seja, Kit com juntas e vedações), conjunto de embreagem (particularmente pacote de embreagens K2), discos de aço (de preferência K2, diferentes espessuras para diferentes modificações de 722,6 em dependendo do torque do motor), junta do cárter, filtro.
Qualquer reparo nessas primeiras transmissões 722.6 é preciso muitas das vezes desmontagem para correção problemas, mas é preciso que o proprietário fique atento ao nível do óleo e a sua validade, existe uma vareta homologada para os câmbios 722.6 que pode ser adquirida no Mercado Livre ou importar do E'Bay e outros sites confiáveis, um lado dessa vareta lê o 722.6 e o outro lado com outras marcações se destina a leitura dos câmbios anteriores 722.3 4 e 5 tudo na mesma ferramenta.
É recomendável fazer a troca do óleo cada 5 anos seguindo sempre a validade do produto aplicado e substituindo sempre o filtro e a junta do cárter, nada de fazer troca do óleo mecanicamente mantendo o filtro interno impregnado de impurezas e vencido. Aconselhável nestas trocas observar antes de repor o óleo se há limalhas presentes no óleo velho por que se houver é sinal de que existem desgastes internos principalmente de discos, em alguns casos a troca do óleo não corrige os problemas, pelo contrário pode até agravar.
O básico para quem possui Mercedes até ano de fabricação 1999 equipado com essa transmissão é ficar atento aos sintomas incomuns, conferir sempre o nível de óleo na caixa e não deixar de corrigir vazamentos do óleo, se rodar com o nível muito baixo costuma ocorrer sintomas de patinação nas arrancadas e trepidações, nestes casos se prosseguir danifica componentes internos.
Nestas primeiras caixas 722.6 que estiverem funcionais e sem avarias aplicar sempre um bom óleo homologado, com a introdução da Daimler Truck AG essas homologações foram todas revistas, a partir de 2024 aplicar óleos da norma 236.1 destinados a caixas de 4 e 5 velocidades (os 722.6 a partir de 2001 aí é outra história, entra outra norma MB), o óleo dessas primeiras caixas com placa eletrônica até 1999 é o mesmo das caixas automáticas anteriores mais antigas sem eletrônica.
Enfim, apenas uma breve introdução para estender o debate no post.
Qualquer dúvida, fiquem à vontade para perguntar no próprio tópico para que possamos auxiliar e orientar com apoio do técnico Vander Fioretti.
A transmissão automática de cinco marchas da sexta série 722 foi denominada Mercedes-Benz 5G-TRONIC está instalada nos automóveis de passeio Mercedes-Benz produzidos entre 1996 e 2006, essa transmissão 722.6 fase 1 e 2 equipa alguns modelos das marcas Jaguar, Ssangyong, Jeep, Dodge, Chrysler (300), Maybach (57 e 62) dentre outras montadoras, primeiro câmbio MB chamado "inteligente" e autoadaptativo conforme a tocada.
Por conter ainda componentes analógicos nos veículos produzidos até 1999, objeto desse tópico, uma grande dificuldade encontrada pelos reparadores é encontrar scanner compatível com protocolo OBDII para realizar uma varredura segura para verificação de falhas nos primeiros 722.6 principalmente nas W202 da Classe C e nas W210 Classe E, sendo necessária muitas das vezes contar com a expertise do reparador e conhecimento técnico para corrigir anomalias no funcionamento.
Para entendimento, foram desenvolvidas modificações para cada grupo de motores e de acordo com o torque de cada um deles, desta forma temos a transmissão código W5A330 (torque de entrada de até 330 Nm), a denominada W5A380 (até 380 Nm), W5J400 (até 400 Nm) e a W5A580 (para motores de oito e doze cilindros), na ficha de dados ou Datacard é possível identificar o tipo e modelo de transmissão que veio de fábrica.
Numa visão geral, pode-se dizer que as modificações diferem entre si no número e na espessura dos discos de aço e embreagens (discos de fricção), conjuntos de engrenagens planetárias (três ou quatro satélites) e vários outros pontos do projeto.
O 722.6 é a primeira transmissão automática Mercedes com controle eletrônico e travamento com conversor de torque, foi originalmente desenvolvida como um substituto para a transmissão automática sem controle eletrônico (722,5) e anteriores (722,3 e 722,4) no entanto os primeiros anos de operação da transmissão automática 722.6 revelaram várias falhas de design de componentes que resultaram em quebras. Em particular, nas primeiras versões e até 1999, uma bucha deslizante foi usada na interface dos eixos de entrada e saída ( K1 e K2 ), essa peça era claramente fraca para suportar cargas e foi substituída nos modelos 2000 adiante principalmente da Classe C, pois quebrava de forma precoce e devido à perda de pressão do óleo (ATF) resultava em folga excessiva ambos os eixos danificando o conjunto de engrenagens planetárias.
Em modificações subsequentes, a bucha problemática foi substituída por um rolamento de agulha com anel de Teflon. Isso aconteceu em 1999. Ao mesmo tempo, outra "falha" foi corrigida substituindo a luva deslizante na engrenagem solar por um rolamento (Sun Gear). Também em 1999, outras falhas de projeto iniciais foram corrigidas. Em qualquer caso, a transmissão automática 722.6, produzida desde 1999, não sofre mais de "falhas do projeto" e funciona de forma bastante confiável percorrendo 200 ou 300 mil quilômetros sem nenhuma avaria significativa em geral.
Em 2001, a sexta série dessa transmissão (722,6) voltou a sofrer uma ligeira "melhoria", visando a economia de combustível e para reduzir o tempo de comutação, em algumas modificações da transmissão automática 722.6, as embreagens unilaterais finas (discos de fricção) começaram a ser usadas, as quais, sob cargas aumentadas (como, por exemplo, acelerações bruscas ou escorregões), falham rapidamente.
Em motores a diesel, a válvula no corpo da válvula da transmissão automática também costuma se desgastar, um sintoma de que pode ser o deslizamento ao passar da primeira para a segunda marcha. Na “venerável era” o 722.6 automático tem outro ponto fraco - a placa eletrônica ( Valve Body Conductor Plate ). O quadro elétrico com sensores de velocidade, que na transmissão automática 722.6 está instalado no corpo da válvula (unidade de controle hidráulico da transmissão automática), falha devido ao superaquecimento regular. Além disso, os sensores do eixo de entrada e saída, que são integrados ao quadro elétrico do 722.6, frequentemente falham. Esses defeitos, no entanto, são facilmente detectados durante o diagnóstico da transmissão automática e são eliminados sem remover (desmontar) a transmissão automática do carro. Em geral, a transmissão automática 722.6 em modificações após 2001 se estabeleceu como uma solução totalmente confiável. Um conjunto típico de consumíveis de revisão da transmissão automática 722.6 inclui: kit overall (Kit de revisão, ou seja, Kit com juntas e vedações), conjunto de embreagem (particularmente pacote de embreagens K2), discos de aço (de preferência K2, diferentes espessuras para diferentes modificações de 722,6 em dependendo do torque do motor), junta do cárter, filtro.
Qualquer reparo nessas primeiras transmissões 722.6 é preciso muitas das vezes desmontagem para correção problemas, mas é preciso que o proprietário fique atento ao nível do óleo e a sua validade, existe uma vareta homologada para os câmbios 722.6 que pode ser adquirida no Mercado Livre ou importar do E'Bay e outros sites confiáveis, um lado dessa vareta lê o 722.6 e o outro lado com outras marcações se destina a leitura dos câmbios anteriores 722.3 4 e 5 tudo na mesma ferramenta.
É recomendável fazer a troca do óleo cada 5 anos seguindo sempre a validade do produto aplicado e substituindo sempre o filtro e a junta do cárter, nada de fazer troca do óleo mecanicamente mantendo o filtro interno impregnado de impurezas e vencido. Aconselhável nestas trocas observar antes de repor o óleo se há limalhas presentes no óleo velho por que se houver é sinal de que existem desgastes internos principalmente de discos, em alguns casos a troca do óleo não corrige os problemas, pelo contrário pode até agravar.
O básico para quem possui Mercedes até ano de fabricação 1999 equipado com essa transmissão é ficar atento aos sintomas incomuns, conferir sempre o nível de óleo na caixa e não deixar de corrigir vazamentos do óleo, se rodar com o nível muito baixo costuma ocorrer sintomas de patinação nas arrancadas e trepidações, nestes casos se prosseguir danifica componentes internos.
Nestas primeiras caixas 722.6 que estiverem funcionais e sem avarias aplicar sempre um bom óleo homologado, com a introdução da Daimler Truck AG essas homologações foram todas revistas, a partir de 2024 aplicar óleos da norma 236.1 destinados a caixas de 4 e 5 velocidades (os 722.6 a partir de 2001 aí é outra história, entra outra norma MB), o óleo dessas primeiras caixas com placa eletrônica até 1999 é o mesmo das caixas automáticas anteriores mais antigas sem eletrônica.
Enfim, apenas uma breve introdução para estender o debate no post.
Qualquer dúvida, fiquem à vontade para perguntar no próprio tópico para que possamos auxiliar e orientar com apoio do técnico Vander Fioretti.
Antônio Elias- Moderador
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